Em 2 dias é possível contratar um CEO? “Superação” como novo slogan, será?
O que ocorreu na primeira semana de fevereiro deste ano foi algo surpreendente, o Conselho de Administração definiu por um cargo de extrema importância na PETROBRAS no prazo absurdo. Claro, muito deve ter sido articulado ao longo das últimas semanas para tentar trazer um nome de peso que viesse a corroborar com a ideia de credibilidade tanto esperada pelo mercado, mas não foi feito isso. Ao que parece foi posto um profissional de confiança política para “abafar” possíveis distorções que um balanço possa apresentar.
“Vergonha!” Tem sido uma expressão comum ultimamente quando se fala de uma empresa que outrora existia orgulho por parte dos brasileiros, evidente que os detalhes de corrupção já estão saturados na PETROBRAS e daqui para frente vai ficar mais difícil fazer os “convites” para a prestação de serviço sem a transparência necessária. O que impressiona mesmo nisso tudo é a capacidade de improvisação e teimosia que reina nos comandantes, sem fazer ideia do que seja uma boa governança corporativa. Quem, certamente, pagará essa conta são os menos favorecidos economicamente por pagar mais caro pelo mix de compras e vida.
Um processo seletivo aderente para uma posição neste nível, CEO, demanda no mínimo 2 meses podendo chegar a 8 meses entre identificação e inúmeras avaliações, pode parecer um prazo elástico, mas estamos falando de um trabalho bem feito que será perpetuado e diminuindo o risco, assim é tratado pelas maiores fornecedoras de Search no Globo, em outras palavras, não existe profissional na prateleira com tamanha dimensão.
Vamos apertar o cinto, a esperança que ainda resta é a proporção e magnitude de exploração de óleo que uma empresa tem numa Região e clima como Brasil; menos “jeitinho” brasileiro seria melhor para todos os stakeholders, há quem posso discordar, mas estou propondo uma discussão de interesse ético e de longo prazo.
Por Bruno Amaro – Loupe Consultoria em RH
