Será??? Na entrevista…o corpo também fala
Hoje falaremos sobre um assunto muito importante para os candidatos em geral, sejam eles desempregados procurando recolocação ou empregados procurando novos ares. O assunto abordará questões sobre o nosso corpo, que fala tanto quanto a nossa voz.
Já pensou, perder o emprego dos seus sonhos, por ter se mostrado desinteressado, mesmo isso não sendo verdade? E se você fosse eliminado por ter se mostrado bom demais sem perceber? E ter sua chance interrompida porque pareceu estar encarando e intimidando o entrevistador? Creio que nenhum de nós gostaríamos de passar por isso, não é mesmo? Por isso estamos aqui hoje, para dar orientações de como saber utilizar o seu corpo, a fim de que sua carreira não seja interrompida por simples erros que poderiam ser evitados.
Vamos lá:
1. Seus olhos
Ao ser entrevistado, olhe nos olhos do entrevistador. Mas tome cuidado de como olhar. Não olhe como se estivesse “queimando o indivíduo com os olhos”. Desvie no momento certo, mas não com muita frequência, pois se fizer, poderá mostrar desinteresse, medo e nervosismo.
2. Posição da cabeça
A cabeça precisa estar erguida em linha reta. Nunca para baixo, para não mostrar que “está em outro ambiente” e nunca acima para não mostrar prepotência. Já ouviu a expressão de nariz em pé? Então, cabe nessa explicação.
3. Postura ao sentar
Se estiver sentado, encontre a melhor posição e fique à vontade. Claro, ficar à vontade não é abrir as pernas, deitar na cadeira e pedir um refrigerante. Mas é simplesmente estar bem e confortável.
Não sente na beira da cadeira. Isso demonstra que você quer ir embora. E sua postura deve ser ereta, mas não tanto, porque ninguém normalmente fica totalmente ereto quando está sentado. Isso passa perfeccionismo.
4. Gestos
Cuidado com os gestos. É preciso equilibra-los. Conversar com gestos pontuais é proveitoso, pois enriquece a comunicação. Mas se gesticular muito, poderá poluir.
5. Braços e mãos
Seus braços não podem estar cruzados. Mostra muita seriedade, inibidez e que você não está gostando muito da conversa. Relaxe os braços, ponha no apoio da cadeira. Caso a possibilidade seja apenas a mesa, apoie, mas cuidado com as mãos. Nada de entrelaçar os dedos. Ponha uma próxima a outra e movimente-as bem levemente enquanto fala.
6. Pernas e pés
As pernas são muito importantes na entrevista. Apesar de estar “abaixo” e possivelmente escondida, ela gera uma imagem de quem você é ou de como está. Bom, não fique de pernas cruzadas. Isso mostra seriedade demais e que você não entrou no clima. Já pernas abertas (não tão abertas, por favor rs), mostram que você está mais tranquilo e a vontade para responder o que for necessário. Quanto aos seus pés, não os balance. Se perceber, pare. Balançar os pés mostra muitas vezes o desejo de querer ir embora.
7. Humor
Ah, o humor. Esse exalta e abate. O humor não faz parte do corpo, mas é transmitido pela voz e principalmente pelo sorriso. Ao sorrir, faça naturalmente e de forma simpática. Entenda que sorrir é diferente rir que é diferente de gargalhar. Em uma entrevista, apenas sorria. Se ocorrer de evoluir a conversa, ria, mas nunca, jamais, gargalhe. Isso mostra que você está “fora de si”. Brincadeira, mas mostra que você está mais a vontade do que deveria estar. Não faça brincadeiras sem sentido. Piadas não são bem vindas, exceto piadas inteligentes e que façam pontuar positivamente no momento. Em contrapartida, não fique sério o tempo todo. Ninguém gostaria de contratar uma pessoa que parece não estar de bem com a vida. Ser sério não é ser antipático. Nesse caso, ter humor, é ser simpático.
8. Vícios de linguagem
Um dos maiores males para nova geração. Faço parte dela. Geração Y. Uma geração tecnológica, cheia de coisas novas, gírias e vocabulários. Os mais “maduros” sofrem menos. Os mais novos precisam se policiar e tomar cuidado ao responder ou perguntar algo ao entrevistador. Gírias não são bem vindas. Já imaginou se o entrevistador responde todas elas? “Vou meter o pé (aonde?) / Tem que ver maluco (tu que é) / eu tinha um bagulho (que isso rapaz) / Tipo assim (Hum?) / Era sinistro (imagino…) / Fiquei bolado (“desbola”, meu filho) / pô cara (já está me chamando de cara…) / “Né” repetitivas vezes (aham, aham, aham) / “Entende?” repetitivo também (entendo, claro, a todo instante) / “Vou vazar..” (Ah, virou cano agora…) etc. Uma dica: Leia e enriquecerá seu vocabulário.
9. Cumprimento
Ao sair do processo, cumprimente o entrevistador. Não aperte a mão com força para não mostrar rispidez. Também não afrouxe para não mostrar medo e preciosismo. Cumprimente com firmeza e prudência. Isso mostrará confiança!
Ao ver esses pontos, concluímos que existe importância em nosso corpo em um momento tão importante como a entrevista de emprego. Precisamos nos conhecer, para então ajustarmos nossos erros, falhas e ações naturais. Espero ter contribuído para sua vida profissional e futuros processos seletivos!
Nunca se esqueça: Antes de usar a voz, você já está conversando.
Ótimas entrevistas e sucesso.
Juntos cresceremos!
Kleyton Thalles, formado em Gestão de Recursos Humanos, cursando Administração de Empresas, com experiência em Recrutamento e Seleção por Competência e Gestão de Treinamento. Administrador primário do Grupo ATRH, membro do Grupo Matriz e Coordenador do Programa Dicas de R&S.