O Quociente Espiritual (QS), conceituado no final do século XX pelos pesquisadores Danah Zohar e Ian Marshal, ambos professores da Universidade de Oxford, mede o grau de Inteligência Espiritual de um indivíduo.

Enquanto que no Quociente de Inteligência Racional, também conhecida por Cognitiva ou Intelectual, (QI), utilizamos o lado esquerdo do cérebro – que nos leva a ser organizados, perfeccionistas, minuciosos, racionais – e no Quociente de Inteligência Emocional (QE), acionamos o lado direito da massa cerebral – onde somos criativos, sonhadores, intuitivos, emotivos –, o QS utiliza e aciona ambos os hemisférios cerebrais ao mesmo tempo.

A Inteligência Espiritual está relacionada:

• A forma como abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor;

• A maneira que podemos inserir nossos atos e nossa vida em um contexto mais amplo, mais rico, de maior significado;

• O fato de nos tornarmos conscientes de que temos problemas existenciais e nos dar meios para solucioná-los ou, ao menos, meios, a fim de encontrar paz para lidar com eles.

“QS é o embasamento necessário para o funcionamento eficaz do QI e do QE. É a nossa inteligência final”, conforme afirmado por seus criadores. Ressalte-se que a aplicação do termo “espiritual” não está, de forma alguma, relacionado diretamente a qualquer religião ou doutrina religiosa.

Nem QI nem QE, individualmente ou em conjunto, são suficientes para explicar ou avaliar a complexidade da inteligência do ser humano nem, tampouco, as nuances de sua alma. O QS surgiu para embasar e explicar a capacidade de sermos criativos e imaginativos, de tomarmos decisões e fazermos escolhas, de sentirmos compaixão e sermos compreensivos, mas tudo segundo seus valores, princípios e senso moral.

O QE, por exemplo, permite julgar em que situação nos encontramos e a nos comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. O QS nos permite perguntar intimamente se queremos estar nessa situação particular; implica trabalhar com os limites da situação. O QS tem a ver com o significado de algo e não apenas como as coisas afetam a emoção e como reagimos a isso.

O QS está intimamente ligado ao propósito, mais ao “para que” do que ao “por que”. Relaciona-se a algo mais íntimo, profundo e essencial, mas, ao mesmo tempo, ao todo, a todos, ao macro, à existência humana. O QS nos permite que sejamos indivíduos plenamente racionais, emocionais e espirituais, tudo ao mesmo tempo.

Empresas e empreendedores que já perceberam a profundidade dos conceitos ora apresentados – mesmo que de forma bastante superficial – são dotados de um fantástico diferencial no meio corporativo! Na maioria das vezes, sabiam por que existiam! Com o advento do QS passaram a perceber para que existem!