Grandes desafios da gestão contemporânea – o desafio do empreendedorismo
Empreendedorismo é um tema muito discutido atualmente tanto na Academia quanto nas Empresas, num sentido amplo o conceito envolve algumas competências que o empreendedor deve possuir tais como Pró-atividade, persistência, inovação, foco em resultados, orientação para desafios entre outras.
Percebe-se que para ser empreendedor não é apenas abrir ou comprar um negócio. Mais do que isso é necessário identificar novas oportunidades, e assim estabelecer novos valores, melhorando e/ou modificando conceitos/produtos e concepções.
O termo empreendedorismo vem do neologismo derivado da palavra entreperneurship ou em Francês Entrepeneur que significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Sendo o significado de “empreendedor” modificado com o tempo, conforme a definição de Joseph Schumpeter (1949):
“É aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. Já para Longenecker (1997): “É uma pessoa que inicia e/ou opera um negócio”.
Bolton destaca três tipos de empreendedores:
Empreendedor de negócios = aquele que identifica oportunidades no mercado, planeja e constrói novas empresas;
Empreendedor interno = o indivíduo que promove as mudanças dentro da empresa em que trabalha, reinventa a empresa e os negócios;
Empreendedor comunitário ou social = aquele que promove mudanças, reúne recursos e constrói em benefício da comunidade – voluntariados e terceiro setor.
O empreendedorismo denota ser entendido como Fenômeno Global: elevada correlação com o PIB; fomentam os mercados e favorecem revelação de talentos; Nos EUA, por exemplo, as novas empresas nos últimos 20 anos representam 90% dos empregos; 95% das inovações radicais; 50% inovações tecnológicas (desde II Guerra).
O perfil de um empreendedor com chance de sucesso: Pró-atividade e persistência; vontade de progredir; capacidade de impor metas que possam ser cumpridas e de se sentir desafiado pelas incertezas; gostar de lidar com o público, seja cliente ou fornecedor; cultivar muitos contatos (“networking”);vontade e habilidade para criar;capacidade de encontrar novas utilidades para velhas idéias;talento para melhorar a eficiência de um sistema, processo ou produto, tornado-o mais econômico, acessível e tecnicamente superior.
Segundo análise de Brush, Greene & Hart, o empreendedorismo envolve Recursos Iniciais (dinheiro, pessoas e informações); o desafio (Desenvolvimento e combinação de recursos iniciais. O texto retrata os casoss Palm Computing e Handspring. No caso do Palm Computing os Recursos Iniciais foram as Informações e havia necessidade de outros recursos como pessoas e dinheiro. Para tanto houve a necessidade de associação com Grid para agregar o recurso inicial pessoas e dinheiro, sendo este ultimo sem sucesso. Além disso, teve a associação com a Tandy para agregar recurso inicial dinheiro, mesmo assim acarretou no insucesso do software e o novo projeto sem apoio financeiro. Em resumo, poucos recursos genéricos dificultando o objetivo, os recursos foram adquiridos através das habilidades do empreendedor
No caso Handspring, um novo empreendimento com Recursos Iniciais: Dinheiro, Pessoas, Informação e Relacionamentos. Houve a necessidade de Recursos como a Tecnologia e a nova política da 3Com abre o recursos tecnológico com a posse da licença da Palm. Vale destacar que o Capital Social é Recurso Fundamental para que os investidores como recurso de reconhecimento financeiro e maior credibilidade. Em resumo, Recursos genéricos, capacidades, competências iniciais e ativos estratégicos como base para alcançarem a estratégia única
Na análise do conteúdo da leitura der Markman & Baron, denota uma empresa madura, uma atitude empreendedora de seus colaboradores traz resultados positivos para a empresa. Há destaque para os empreendedores Free Lancer, aqueles que criam empresas menos complexas que as empresas existentes, e essa atitude interfere em seu raciocínio cognitivo.
O texto contextualiza as empresas de tecnologia, por ser mais fácil de identificação e entendimento do leitor, apresentando a idéia conceitual que backgrounds e perfis diferentes trazem pontos de vista e abordagens diferentes a situações vividas, conseqüentemente podendo criar soluções diferentes das pensadas por pessoas iguais.
Para concluir, o texto de Brush, Greene & Hart, busca analisar a empresa, por outro lado o texto de Markman & Baron, nas pessoas envolvidas em quaisquer atividades empreendedoras.
A partir do estudo observa-se ser de suma importância pensar no modelo de negócio que o empreendedor deve aplicar para fazer um bom plano de negócio que englobe a empresa e as pessoas. Na ausência de um plano consolidado, não há possibilidade de se construir uma base sólida para o desenvolvimento de um projeto.
O modelo de negócio deve englobar o público ao qual a empresa vai vender: quem são essas pessoas e quais são as suas características. Muitas vezes para saber definir bem o público-alvo é necessário fazer pesquisas de mercado, para entender a abrangência, o tamanho e suas necessidades. Estabelecer a maneira como será feita a venda: de que modo atingir os clientes. Isso irá definir como montar o processo de venda e preparar os membros da equipe de vendedores. Além disso, deve-se definir a política de preços que será adotada para que atinja o público-alvo. A definição de quais serão os concorrentes e observar o benchmark do mercado a ser trabalhado.
Fonte: Bruno Amaro
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