Como melhorar a comunicação com sua equipe
Comunicação Não-Violenta cria as condições ideais para uma escuta respeitosa, trazendo à tona emoções e necessidades
Como um profissional pode desenvolver habilidades para ser relevante para uma equipe de trabalho? Ter facilidade de se relacionar, adaptar-se às mudanças bruscas e resolver problemas complexos com empatia e transparência são características imprescindíveis. “Apesar de serem competências raras de se encontrar, existe uma forma bastante completa de estimulá-las”, afirma a responsável pelo Programa Senac de Cultura de Paz, Andrea dos Santos Pereira Nunes, da gerência de desenvolvimento do Senac SP.
É a Comunicação Não-Violenta (CNV), uma estrutura de comunicação clara e empática que ajuda a exercitar uma conexão genuína entre as pessoas e abre espaço para o diálogo e a negociação. Desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, a CNV ganhou a atenção das lideranças por ser eficiente em um dos momentos mais importantes da gestão de equipe: o feedback. Essa abordagem cria as condições ideais para uma escuta respeitosa, trazendo à tona emoções e necessidades.
Ao contrário do que a maioria das pessoas está acostumada a fazer quando se sente ofendida, a CNV ensina a expressar como determinadas atitudes afetam as outras pessoas sem agressividade. “Essa consciência permite que as equipes se respeitem e se regulem, oferecendo feedbacks contínuos até que encontrem o ponto certo de sintonia e produtividade”, explica Andrea. Cabe ao líder oferecer desafios tangíveis, reconhecendo e elogiando cada passo dado, pois a mobilização do outro depende da empatia e do encorajamento oferecido pelo gestor.
Para ajudar na formação de líderes aptos a desenvolver a Comunicação Não-Violenta com suas equipes, o Senac criou o Programa Senac de Cultura de Paz. O objetivo é apresentar a possibilidade de uma educação continuada para apoiar empresas preocupadas em aprimorar as competências de seus gestores e equipes. O curso oferece recursos para o desenvolvimento de uma liderança que tenha como meta alcançar resultados positivos, de forma colaborativa, em rede e, sobretudo, em situações adversas.
A programação inclui a abordagem de temas como escuta atenta, diálogo, habilidades socioemocionais, administração de conflitos pelas práticas restaurativas, gestão do tempo e obtenção de resultados, ética e o princípio da não-violência, formação de redes e relacionamento com as comunidades, além de coaching para o autodesenvolvimento e a gestão de pessoas.
Fonte: Exame
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