A Questão

Sabe-se que os processos seletivos devem ocorrer de maneira ininterrupta, ou seja, contínua. Muitas organizações optam por realizá-los somente no momento que necessitam preencher uma determinada posição vaga. Para que tenhamos uma operação contínua necessitamos de muitas pessoas e alto custo, então como fazer um processo dinâmico, recorrente e com baixo custo? Nosso objetivoprimordial foi fazer dessa questão uma solução. Para isso, buscamos entender o cenário macro no Brasil e como acontecem as operações atuais de processos seletivos mundo a fora, e claro, adaptá-los e inovar dentro da gestão de pessoas, sobretudo nos processos seletivos.

O mercado de trabalho no Brasil e no Exterior

O Brasil vem passando por movimentos cíclicos e de incertezas ao longo dos últimos 20 anos, mesmo após a estabilização do câmbio e da fortificação da moeda nacional, impactando assim as ofertas de trabalho e a qualificação dos profissionais. Percebe-se ganhos significativos na diversidade de oportunidades de trabalho, mas por outro lado vimos o comprometimento dos jovens ser um fator de atenção no momento de absorção frente às posições abertas.

No segundo semestre de 2008, as financeiras americanas confiaram em demasia nos clientes de alto risco e com isso vimos o chamado “subprime“. O mercado imobiliário entrou em crise e os preços dos imóveis caíram juntamente com novos empréstimos. Como vimos e sentimos, o problema, afetou o nível de emprego e o consumo, causando uma recessão geral na economia dos EUA e reflexos nas demais economias do globo. Alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos anunciaram prejuízos bilionários, como o Citigroup e o Merril Lynch, que perderam quase US$ 10 bi cada um no 4º trimestre. Além da “quebra” do Lehman Brothers, Bear Stearns entre outros. Visto esses acontecimentos relacionados à economia, as organizações reforçaram o discurso de que precisavam dar prioridade em estruturas dinâmicas e flexíveis. Isto significa, limitar o impacto dos custos de operações fixos em custos variáveis que pudessem ser dissolvidos a qualquer tempo ou no curto prazo. Facilitando assim, a competitividade e trazer para dentro de casa especialistas de mercado com objetivo de catalisar o negócio a nível operacional. A partir daí ficou mais evidente a utilização do outsourcing em diversas áreas da organização.

A solução – Loupe BPO – Business Process Outsourcing

As perguntas que fazemos com frequência são de como inovar na concepção dos atuais processos nas organizações? Quando falamos sobre a gestão de processos seletivos estamos nos relacionado diretamente com o capital humano especializado na estrutura de input e output no sistema de uma empresa pública ou privada, entidade, ONG, que precisam trabalhar para prover bens e serviços cada vez melhores para a sociedade, além de perpetuar uma imagem qualitativa da organização. Isso requer investimento alto, tempo e muitos profissionais envolvidos.

Então, como fazer com que tenhamos a solução do problema em promover melhorias a um custo mais baixo, aumentando a capacidade de competitividade com tempo reduzido? A resposta para essa e as demais perguntas acima foram encontradas através de um modelo que propomos numa estrutura diferenciada. Neste caso a concepção do Business Process Outsourcing (BPO) se enquadra de maneira formidável para alcançar os ganhos.

Para isso, vamos entender melhor o que é o outsourcing. Por volta de 1940, nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, as indústrias precisavam se concentrar na produção e passaram algumas atividades de suporte à produção dos armamentos a outros empresários prestadores de serviços. Onde as organizações necessitavam reduzir custos e aumentar valor nas operações e processos para manterem-se competitivas. Sendo assim, o outsourcing.  Foi a solução mais aderente frente ao mercado atual. Trata-se de um conceito cada vez mais recorrente entre as organizações. Já foi confundido com a básica subcontratação, concentrando-se a atividades de baixo valor agregado e distantes do negócio essencial de cada empresa como os serviços limpeza, de segurança, etc. O aumento da competitividade dos mercados forçou as empresas a passarem a concentrar os seus melhores recursos no seu negócio principal. Atualmente, o conceito de outsourcing significa a celebração de uma verdadeira parceria

estratégica entre o contratado e o contratante, ou seja, consiste na terceirização da gestão operacional de um negócio. Ao aplicar o BPO, a empresa transforma os custos fixos em custos variáveis. Cabe destacar que o BPO é uma tendência mundial na redução de custos e que poderá levar as empresas a obter resultados positivos após análises feitas e medidas corretivas para ajustar os processos antes de implementar o Outsourcing.

Estudo preliminar de mercado

Para refletir sobre a organização dos dias de hoje se faz necessário estabelecer uma análise da demanda da própria organização. Ela demanda indivíduos com múltiplas competências e que gerem lucros, além de questões sobre a cultura organizacional e valores éticos que devem ser perpetuados.

Segundo Morgan (2010), a organização é vista de formas diferenciadas, as organizações denotam instrumentos de dominação. Analisar que os objetivos e as metas estipuladas não deve ser repetitivo, assim como fora colocado por Taylor, onde o trabalho dava ênfase nas tarefas; tempo-padrão; divisão do trabalho e especialização. Contrapondo-se ao método de execução pré-revolução industrial (onde todos participavam de todas as fases do processo produtivo).

Visto isso, como enquadrar o modelo de gestão compartilhada do BPO e como buscar um processo de diferenciação nas relações de trabalho? Temos que entender sobre os rumos de carreiras dos indivíduos, assim como as relações destes com o trabalho. As mudanças que poderão ocorrer no trabalho a partir da premissa de que o desenvolvimento da carreira torna-se uma ação individual, deve-se refletir sobre as conjunturas atuais do mercado de trabalho. Jornada parcial, trabalho temporário, semanas de trabalho comprimidas e teleworking são algumas formas de trabalho encontradas nos dias de hoje. No passado as pessoas, geralmente, dedicavam suas carreiras a uma única empresa, as carreiras estáveis quanto à ameaça de desemprego, existiam progressões lineares de carreiras pré-estabelecidas pelas organizações, as estruturas com pouca flexibilidade e o sucesso do profissional era medido pelo número de degraus que consegue subir no organograma. Atualmente ocorre o enfraquecimento do compromisso com a organização, atrofiando assim, as relações de trabalho e contatos que passam a ser virtuais.

A nível social do indivíduo, percebe-se um enfraquecimento dos relacionamentos e contatos pessoais, tornando-os a margem dos contribuintes diários nos ambientes das organizações. Cabe a gestão de pessoas olhar de maneira proativa e estratégica para minimizar impactos na produção e alinhamento de expectativas. Neste sentido, a utilização do BPO vem se mostrando eficaz no que tange a demanda de operação que absorve o valioso tempo dos profissionais de Recursos Humanos das organizações.

Foi identificado que o modelo de BPO tem um fator de empreendedor, pois identifica novas oportunidades, melhorando e/ou modificando conceitos/produtos e concepções. Neste caso, a gestão compartilhada influencia o empreendedor na tomada de decisão, em arriscar mais ou menos num determinado projeto. Uma vez que maiores dados, antes ocultos, serão observados, analisados. Ser um empreendedor é em essência é um tema muito discutido atualmente tanto na Academia quanto nas organizações, num sentido amplo o conceito envolve algumas competências que o empreendedor deve possuir tais como Pró-atividade, persistência, inovação, foco em resultados, orientação para desafios entre outras. Tais competências em essência são fundamentais para a implantação e continuidade do BPO.

Categorização de clientes

O estudo do modelo mostrou que precisávamos tratar o BPO com diferenciações, para isso, tivemos que entender e categorizar os parceiros de negócios da Loupe Consultoria em RH. Será que todos precisam do modelo? Para quem ofertar um processo que realmente agregue valor e crie uma atmosfera de resultados positivos impactantes, mesmo no curto prazo. Sendo assim, utilizamos critérios de volume de processos abertos por mês, receita e nível de especificidade dos cargos conduzidos para categorizar os parceiros de negócios que podem ter aderência imediata na solução e aqueles que poderão usufruir um dia. Chegamos em 5 enquadramentos, chamados de: Cristal, Bronze, Prata, Ouro e Diamante.

Cristal

Os parceiros de negócios enquadrados como CRISTAL são novos na experiência Loupe, trata-se do primeiro atendimento, geralmente de pequeno porte em que o contato é feito diretamente com o sócio ou com o gestor da empresa. Nesse caso, eles precisam de suporte consultivo, pois não sabem exatamente o que querem e o que o mercado paga pelo recurso que ele deseja. Possuem vícios de gestão, isto é, através de experiências particulares traçam o perfil ideal baseado no que funcionou na empresa deles ou na exceção de um profissional que já foi da empresa. Geralmente querem um profissional que faça diversas atividades correspondentes a cargos diferentes. Precisam de uma atenção especial para se sentirem atendidos com excelência.

Bronze

Os parceiros de negócios enquadrados como BRONZE são novos, na maioria, na experiência Loupe, possuem uma demanda reduzida e alguns com potencial de usar mais a consultoria. São empresas nacionais ou internacionais de médio ou grande porte. São exigentes, conhecem o mercado de consultorias por já terem trabalhado com outros competidores trata-se do primeiro atendimento, geralmente não tiveram boas experiência e nesse momento recorrem a Loupe de forma episódica, isto é, demanda um mês, depois de 3 a 5 meses aparecem novamente com outra demanda. Geralmente são posições operacionais e administrativas que necessitam de apoio, mas pode ocorrer que precisem de apoio em posições técnicas específicas ou de gestão. O contato de interface geralmente é com uma Gerente Administrativa que acumula função de RH ou diretamente com o gestor requisitante da posição.

Prata

Os parceiros enquadrados como PRATA são empresas de forte expressão no mercado, sendo nacionais ou multinacionais, podem ter já trabalhado com grande escala junto a Loupe e atualmente demandam pontualmente ou podem ser clientes que usam pouco nosso apoio embora tenham potencial para usufruir mais de nossas São exigentes, conhecem o mercado de consultorias por já terem trabalhado com outros competidores. Geralmente são posições de diversos níveis, desde juniores, técnicos até gerencia. O contato de interface geralmente é com uma Analista ou Coordenadora de RH.

Ouro

Os parceiros de negócios enquadrados como OURO são fiéis ao nosso trabalho. Estão sempre com alguma demanda direcionada para nós. Na maioria, possuem uma demanda em potencial, com posições específicas e com giro de até 10 posições, no caso de seleção. São empresas nacionais ou internacionais de médio ou grande porte. São exigentes, conhecem o mercado de consultorias por já terem trabalhado com outros competidores Geralmente são posições administrativas, programa de estágio, podendo chegar a posições de Diretoria que necessitam de apoio. A interface geralmente é com uma Gerente de RH, mas pode ser com a Coordenadora de RH, são críticos por usarem com frequência e são parceiros nos feedbacks, necessitam de uma atenção diferenciada para sentirem-se plenos na parceria e justificar o volume.

Diamante

Os clientes enquadrados como DIAMANTE conhecem bem nosso trabalho e são “top of mind”, isto é, são os principais parceiros comerciais da nossa empresa. Demandam diversas necessidades todos os meses e temos um contato diário com Analistas, Coordenadores e Gerentes de RH. Podem ser empresas nacionais ou internacionais de grande porte. São exigentes, conhecem o mercado de consultorias por já terem trabalhado com outros competidores e no momento trabalham com mais umas (4) quatro ao mesmo tempo para minimizar o risco e diluir a operação segmentada. Recorrem a Loupe com frequência, isto é, demandam todos os meses e precisam de uma atenção extremamente cuidadosa, a criticidade é sutil.

Com essa categorização, identificamos que os parceiros de negócios que possuem aderência e necessidade do BPO são os que estão enquadrados como Prata (Colaborador); Ouro (Acomodador) e o Diamante (Negociador). Os demais, Bronze (Competitivo) e Cristal (Impeditivo) possuem baixa aderência nos critérios para a solução e necessidade do BPO. Todos possuem uma tipologia tanto na negociação como na gestão, sendo mais assertivos e cooperativos e vice-versa.