Pergunta de entrevista do Google confunde até o chefão da empresa
Eric Schmidt deu uma solução, no mínimo, duvidosa, ao dilema, não sem antes reclamar da pergunta dizendo que era muito ruim
São Paulo – Imagine que você é um capitão pirata, encontra um pote de ouro e tem a missão de dividir o tesouro com a sua tripulação. O problema é que a sua ideia de divisão precisará passar pelo crivo dos tripulantes, que vão votar a favor ou contra o que sugerir. Caso não obtenha metade dos votos, você pode ser morto. Qual seria a proposta que conseguiria preservar a sua integridade física e ainda sim permitisse uma boa quantia de ouro no seu bolso?
A questão acima faz parte do repertório de perguntas de entrevista de emprego do Google mas nem o presidente do conselho de administração da Alphabet, holding que controla a companhia, parece saber muito bem qual a melhor resposta. É que no mês passado, funcionários da companhia fizeram essa pergunta a Eric Schmidt, durante o Summit do Mar – reunião anual com líderes empreendedores realizada em águas internacionais em novembro – e o executivo patinou para responder, segundo informa o Quartz.
Depois de pedir que a pergunta fosse repetida algumas vezes e tentar fazer mais perguntas para entender o que ele deveria responder, Schmidt deu uma solução, no mínimo, duvidosa, ao dilema, não sem antes reclamar da pergunta dizendo que era muito ruim.
“Parece-me que se se mais da metade está feliz eu sobrevivo. Proponho dar a 49% dos piratas ações de empresas de internet enquanto o outros 51% ficam com o ouro”, respondeu o executivo
Jeito de recrutar mudou faz tempo
Perguntas como essa são passado na empresa e o principal responsável por mudar o jeito de recrutar no Google, foi o lendário diretor de RH, Lazlo Bock, que deixou o posto neste ano, mas continua conselheiro da empresa.
Em seu livro, “Regras de Trabalho”, publicado ano passado, ele aponta para a inutilidade de perguntas como “Quantas bolas de golfe caberiam no interior de um 747?”. “Esse tipo de pergunta tem pouca, se alguma, capacidade de prever qual seria o desempenho dos candidatos se fossem contratados”, escreve.
Fonte: Exame
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